Notícia Aberta
Seis anos de cidadania e desenvolvimento social
COMPARTILHAR
Desde 2019, o Governo do Distrito Federal (GDF) já investiu perto de R$ 700 milhões na cidade. Além das obras de infraestrutura em andamento nos três trechos da região administrativa, foram entregues equipamentos urbanos à população:
Eduardo Monteiro - Ascom RA Sol
No próximo dia 14 de agosto, o Sol Nascente/Pôr do Sol estará completando seis anos de existência como região administrativa do Distrito Federal. E o grande desafio, tanto do governo como da população, é cada vez mais espantar a antiga imagem de maior favela do Brasil.
A região era uma área rural até o início dos anos 1990, fazendo parte do Setor P Sul e Setor P Norte. Nessa época começou a ocorrer o fracionamento irregular de terrenos, situação que se intensificou na década seguinte, provocando o crescimento desordenado do local, que por muitos anos viveu sob condições mínimas de infraestrutura.
No ano de 2010, quando a região contava com mais de 78 mil habitantes, o local já podia ser considerado umas das maiores ocupações irregulares do país, ultrapassando a comunidade da Rocinha no Rio de Janeiro em número de habitantes.
A cidade tem 40 mil quilômetros quadrados de área e é dividida em quatro regiões: Trecho 1, Trecho 2, Trecho 3 e Pôr do Sol, com uma população estimada em mais de 108 mil habitantes, conforme dados do IPE-DF, publicados no PDAD-A 2024.
A infraestrutura mudando vidas
Desde 2019, o Governo do Distrito Federal (GDF) já investiu perto de R$ 700 milhões na cidade. Além das obras de infraestrutura em andamento nos três trechos da região administrativa, foram entregues à população:
Restaurante comunitário, UBS, rodoviária, escola (EC JK), creches (Cepi Jandaia e Cepi Sarah Kubitschek), ponte ligando os Trechos 1 e 2, pavimentação asfáltica da VC - 311 (ligação com a área rural), Casa de Referência da Mulher Brasileira, Agência do Trabalhador, campo de futebol society, quadras poliesportivas, pista de skate, três Pontos de Encontros Comunitários - PEC, mais de 800 unidades habitacionais, além da implantação e ampliação de diversos projetos e programas sociais.
As obras mudaram a realidade dos moradores da região. Foram implantados 177 km de rede de água e 259 km de esgoto em toda a cidade, além da construção de 4 estações elevatórias, que são unidades responsáveis pelo bombeamento das redes de esgoto até a estação de tratamento.
Hoje, mais de 95% dos domicílios contam com cobertura de água potável e cerca de 90% deles estão ligados à rede de esgoto. A Caesb também implementou o Programa Água Legal na região, que regulariza ligações de água em comunidades carentes, permitindo o pagamento parcelado das taxas de ligação.
Para solucionar antigos problemas com alagamentos, foram implantados aproximadamente 20 km de redes de drenagem com galerias de águas pluviais, e construídas 7 lagoas de contenção, enquanto outras 5 estão em fase de construção.
Sobre o abastecimento de energia elétrica, 94,2% dos moradores declararam possuir abastecimento da rede geral da Neoenergia (antiga CEB), em 2023, conforme o levantamento do IPEDF.
Foram pavimentados mais de 50 quilômetros de vias públicas e totalmente urbanizadas diversas localidades como os setores Acácias, Cachoeirinha e mais de 25 outras áreas, entre chácaras e condomínios. Esse conjunto de iniciativas tem gerado um impacto positivo, com 86% dos residentes afirmando que não têm intenção de deixar a cidade, conforme pesquisa do Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF).
Importante ressaltar que todos os projetos e obras elaborados e executados pela Secretaria de Obras e Novacap têm a preocupação com os requisitos de acessibilidade. Ao todo, foram construídos mais de 50 mil m² de calçadas e instalados mais de 26 km de meios-fios.
Grandes transformações
No aspecto da Educação, a Regional de Ensino de Ceilândia é responsável pelos estudantes de escolas públicas dessa RA em cinco Escolas Classe (EC) e dois Centro de Ensino Fundamental (CEF).
Em relação ao transporte público, a RA possui um Terminal Rodoviário
localizado no Trecho 2 do Sol Nascente/Pôr do Sol 10, com duas empresas de ônibus operando no local, possibilitando o acesso pela DF-180 e pela BR-070.
No que diz respeito ao recolhimento de lixo, 88% afirmaram ter coleta direta e 19,1% coleta seletiva.
A RA conta com o Parque da Lagoinha, Parque Ecológico Três Meninas,
Parque Linear, Parque Linear do Meio, Parque Linear Grotão 7, Parque Urbano 01, 02 e Corujas. Conta também com equipamentos de lazer, esporte e cultura de abrangência regional, como o Centro Olímpico do Sol Nascente (antigo Parque da Vaquejada).
Casa da Mulher Brsileira
Novas obras, mais entregas à população
Estão em fase de construção a maior Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Brasil, outra Escola Classe, Grupamento do Corpo de Bombeiros e a sede definitiva para a administração regional. Já com áreas definidas para construção, um Batalhão da Polícia Militar e um campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília (IFB).
O esperado projeto de infraestrutura do Pôr do Sol é o primeiro elaborado 100% com uma modelagem conhecida como BIM – Building Information Modeling, que em português é traduzido como Modelagem da Informação da Construção. A iniciativa marca um salto tecnológico no setor público, permitindo simular digitalmente cada etapa da obra, antecipando problemas, prevendo soluções e otimizando recursos, o que será usado durante toda a execução da obra, garantindo maior controle e rastreabilidade.
Colégio JK
Favela, nunca mais
É evidente que ainda há muito a ser feito, mas esse conjunto de iniciativas tem gerado um impacto positivo, com 86% dos residentes afirmando que não têm intenção de deixar a cidade, conforme levantamento do Instituto de Pesquisa e Estatística do DF, e é perceptível na população a insatisfação com a comparação da cidade a uma favela, como era dito no passado.
Breve Histórico
O nome Sol Nascente é associado a duas situações:
A primeira estaria relacionada à existência no local de uma “chácara do japonês”, e assim remetia à Terra do Sol Nascente. A outra, remete a um grupo de capoeira, do Mestre Romeu, de nome Sol Nascente, que funcionava em Ceilândia também nos idos de 1990, na Quadra 40 do P Norte.
Em 2008, através da sanção da Lei Complementar nº 785, as regiões foram transformadas em Áreas de Regularização de Interesse Social, e medidas que visam à melhoria da infraestrutura para uma futura regularização vêm sendo tomadas desde então. Atualmente alguns trechos da região já se encontram regularizados, e a maior parte dos outros está em processo de regularização.
O Setor Habitacional Sol Nascente foi criado pela Lei Complementar Nº 785, de 14 de novembro de 2008, divulgado no DODF de 21.11.2008.
Por 20 anos a cidade fez parte da região administrativa de Ceilândia, até o seu desmembramento em 2019, pelo Projeto de Lei n° 350/2019.